segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Feliz "dias" do Professor

Este texto, nos faz pensar o quando somos miseráveis e ao mesmo tempo tão maravilhosos, essenciais, importantes nas vidas das pessoas. Na nossa miserável vida conseguimos ser importantes, e portanto é nisso que nos agarramos, por amar tanto a docência.

Jaquilene..




O papel do educador na Escola Pública
Prof. Chafic Jbeili – www.unicead.com.br

Dia 15 de outubro comemora-se o dia do professor, este profissional cuja função principal está permeada na multiplicidade de papéis que precisa desempenhar em sala de aula. De tantos papéis secundários e terciários que lhe são cobrados, exigidos, inspirados e até constrangidos representar em sala de aula e na vida dos educandos, perdeu-se de foco o papel principal que lhe cabe de fato: o de educar formalmente o sujeito!

Educar é o mesmo que incentivar o gosto pela aprendizagem, desenvolver habilidades, aprimorar conhecimentos, mediar informações estratégicas e formar o cidadão. Educar é subtrair a genérica ignorância das pessoas e iniciá-las na ecleticidade cultural para sugerir horizontes de acordo com as vocações percebidas. Educar é balizar saberes para o bem viver pessoal, social e profissional dos educandos em todas suas fases. E isto é pleito antigo!

Desde 1827 quando Dom Pedro I baixou o Decreto Imperial criando o Ensino Elementar no Brasil já se discutiam política didático-pedagógica, disciplinas curriculares, questões salariais, entre outros assuntos constantes nas pautas modernas sobre Educação. De lá pra cá várias ações foram sugeridas por meio de projetos e portarias, mas muito poucas mudanças significativas foram efetivadas. Dentre as ações de estímulo está a comemoração do dia do professor, como se um dia de festa, com escolas fechadas e vazias, servisse de fato para dignificar a profissão docente, como prevê o Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963. E isto é engodo antigo!

Passados cento e oitenta e três anos do Decreto Imperial e quarenta e sete anos do Decreto Federal fundamentando a Educação no Brasil e homenageando o profissional educador, respectivamente, percebe-se que muitos avanços foram inseridos nas escolas, porém a discussão de base sobre a classe profissional permanece estática, sem grandes alterações, sem maiores incentivos, sem novas perspectivas, mas com muitas promessas e esperanças, sim!

A docência é a profissão do passado, do presente e do futuro. Os países que passaram por grandes guerras e se viram arruinados descobriram que a Educação é o alicerce que dá crescimento sustentável e tecnológico a toda sociedade. Sem registro, transmissão, manutenção e aprimoramento do conhecimento é impossível uma pessoa ou uma nação se desenvolver e sobreviver com decência. Por isto o professor precisa e deve ser reconhecido e estimado por todos.

A mediação do conhecimento é uma arte extremamente honrada e valorizada nos países orientais. Os principais países mais ricos do mundo são aqueles que no passado, por alguma razão tradicional ou necessidade de sobrevivência investiram majoritariamente em educação e valorizaram o profissional docente. O Brasil parece despertar para a valorização (ainda que timidamente) na Educação e no professor. E isto é sinal de bons tempos!

Educadores também precisam investir em suas carreiras, zelar pela formação continuada. Mesmo ganhando pouco, é preciso fazer sacrifícios e investir em capacitações de qualidade ao invés de procurar cursos e livros pelo preço apenas. Fico triste quando vejo educadores maltrapilhos; falando e escrevendo muito mal; sem acesso a internet; se acabando para granjear o pão de cada dia, às vezes sendo obrigado a se comportar como mendigo e, como quem tem a mão estendida e em formato de concha, rezinga como se vivesse da caridade alheia. O que vamos comemorar agora?

O educador no Brasil precisa ser tratado como o desbravador das fronteiras mentais, aquele que sugere infinito horizonte onde antes só se conseguia ver o alto e chapiscado muro da ignorância compelida. Ele tem o mapa do bom senso e a bússola da inteligência. Ora se faz de placa indicativa, ora se faz de guia. O educador sabe onde encontrar as informações e se dispõe andar junto o caminho da aprendizagem, orientando pessoas nas trilhas do saber.

O educador é o alquimista que facilita o processo de transmutação da informação em conhecimento. Por isto, precisa conhecer bem os elementos que intelectualmente maneja, porque ao provocar conhecimento também faculta ao educando degustar poder. O poder do saber e o domínio do não-saber.

O educador de hoje provoca idéias, estimula raciocínios, faz pensar, facilita encontrar ou construir soluções para o bem. Ele seduz o tímido e o excluído para excitar suas criatividades e provocar regozijo de realizações e relações produtivas. O educador trata a coisa séria de forma lúdica e desvela nas sórdidas brincadeiras coisas sérias demais.

Neste contexto imagine que em sala de aula, por nano segundos, o educador é sem saber ou notar: o juiz, o réu, o médico, o psicólogo, o pai, a mãe, a tia e a avó, o deputado e o delegado; é o vendedor e o comprador; embaixador e advogado; o coisa-ruim e o santo. Nestes papéis, sendo tudo para todos em um momento, no final da aula corre o risco de sair sentindo-se um ninguém, porque todo aquele que muito se doa, natural que em algum momento se sinta vazio. Em outro momento sai da sala se achando “o tal” (e realmente foi!), mas somente até a próxima reunião pedagógica, quando será cobrado daquilo que não lhe foi instruído ou oferecido suporte, daí volta à estaca zero, sem saber o que realmente faz ali, naquela reunião, naquela escola, naquela profissão e principalmente sem saber qual será o seu próximo papel.

A todos os professores, com todo meu respeito, carinho, admiração e gratidão, feliz dia dos professores!

Prof. Chafic Jbeili

CONSULTORIA - CURSOS - OFICINAS - PALESTRAS
Formação continuada e qualificação profissional
(38)3082-0876 | (38)9184-0439
e-mail: chafic.jbeili@gmail.com
www.chafic.com.br | www.unicead.com.br
Montes Claros(MG) | Brasil

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Projeto de Aula Virtual de Quimica

Projeto: Sala virtual


Público alvo: Alunos do 10., 20. e 30. do ensino médio.

Objetivo: Através do laboratório virtual da Universidade de São Paulo, aproximar e ilustrar os conteúdos abordados nas situações de aprendizagem, na disciplina de Química.

Procedimento: Os alunos do primeiro ano assistirão a simulação da formação da chuva ácida, já os alunos do segundo ano assistirão a simulação de um show atômico e os do terceiro ano a simulação dos indicadores ácido-base na cozinha da minha casa.
Ao final de cada simulação, os alunos terão atividades para o desenvolvimento das habilidades adquiridas.
O 10. ano elaborará um trabalho sobre os as causas e efeitos da chuva ácida.
O 20. ano fará uma descrição dos modelos atômicos.
O 30. ano montará uma tabela com os indicadores ácido-base.

Disponibilidade:

10. ano (noturno)
Segunda 10.aula 1E
Quarta 20. aula 1F
Sexta 10. aula 1D

20. ano (noturno)
Segunda 30.aula 2E
Quinta 10. aula 2D

20. ano (manhã)
Terça 50. ou 60. aula

30. ano (noturno)
Quinta 20. aula 3E
30. aula 3D
Sexta 30. aula 3C

30. ano (manhã)
Terça 10. ou 2o. aula 3B
3o. ou 40. aula 3ª

Professora:Patrícia Natali Fino Littwin Agosto/2010

aula de Quimica Virtual









quinta-feira, 24 de junho de 2010

quinta-feira, 27 de maio de 2010

AMÉRICA LATINA – IDENTIDADE E RECONHECIMENTO

AMÉRICA LATINA – IDENTIDADE E RECONHECIMENTO
ÂNGELA CORREA SILVA – PROFª DOUTORA UNICAMP

- América Latina – colonização européia;
- O termo “América Latina” surgiu no século XX;
- Devido a interesse políticos e econômicos, nos anos 90 o México foi convidado para fazer parte do NAFTA;
- Os EUA sempre quiserem ter o domínio de toda a América e, indiretamente, eles o tem, devido a dependência econômica que a maior parte dos países americanos tem dos EUA;
- América Latina é formada por 33 países, sendo 1 da América do Norte, 20 da América Central e 12 da América do Sul;
- Em 2009, Cuba foi convidado a retornar à Organização dos Estados Americanos mas não aceitou;
- Superfície da América Latina: 21 milhões de km2 e população 500 milhões de habitantes;
- XVI a XIX América Latina como colônia Européia, a partir do século XIX, início dos processos de independência (o Brasil foi um dos últimos a declararem sua independência);
- A América possui uma discrepância muito grande (países muito ricos X países muito pobres), não há uma uniformidade;
- A variedade étnica, também é um muito marcante na população americana devido à colonização de diversos países diferentes;
- Enfim, a América Latina ainda deverá trabalhar muito para mostrar a sua força e ser reconhecida pelo mundo como uma potência a ser lapidada.

A MATEMÁTICA NO GUIA DE ESTUDANTE ATUALIDADE

A MATEMÁTICA NO GUIA DE ESTUDANTE ATUALIDADE
MARIA ELISA FINI

- A matemática não é um assunto direto no guia, no entanto está nele como linguagem (gráficos), conceitos (índices) e procedimentos.
- Alguns exemplos: escala Richter X escala logarítmica, som, Ph, código de barra X código de identificação (RG, CPF, Contas), notação científica (números grandes/pequenos), IDH;
- Apesar de nem todos os assuntos tratados em Matemática estarem inclusos no currículo do 3º ano, eles devem ser trabalhados devido a sua importância cultural, pois estão presentes no cotidiano social;
- Os alunos devem saber ler, analisar, interpretar, inferir informações apresentadas sob diferentes formas (gráficos, tabelas, info-gráficos), pois estas formas substituem os textos escritos e são muito utilizadas nos diversos meios de comunicação;
- O aluno deve conhecer os tipos de gráficos possíveis na apresentação de informações como: gráfico de coluna para dados populacionais, barras quando existem longas frases a serem escritas, linhas para série temporal, setores para informações dependentes do total;
- Nos diversos textos, pode-se utilizar os dados populacionais para comparação, arquitetura e engenharia para enriquecimento na área de geometria, ou seja, não necessariamente precisa ser um assunto relacionado à matemática, ela pode ser utilizada dentro de outros assuntos, basta saber retirar de textos sobre assuntos atuais os elementos que possam ser aproveitados nas aulas de matemática;
- As aulas também devem ser aproveitadas para sanar algumas deficiências apresentadas pelos alunos do 3º ano.
- Enfim, a matemática está inserida em todo o contexto do guia. Nós professores, devemos ser criativos na associação dos diversos temas ela.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Teatro da Recuperação Paralela









Turma da Recuperação Paralela do Ensino Médio apresenta teatro para as 5ªs e 6ªs séries.

Visita a Coop




quinta-feira, 8 de abril de 2010

HTPC - 08/04/2010

Argumentemos......

-Luta das profissões
- articulador “ São Pedro”
- Profissões

Desenvolvimento:

Cada participante receberá um papel com uma profissão escrita, o mesmo deverá incorporar esta profissão e criar argumentos para poder entrar no céu.

O articulador chamará dois profissionais, perguntando primeiro para o da direita: Porque você deve entrar no céu e não o outro?, ao terminar o articulador dá a palavra para o da esquerda que contra argumentará com o objetivo de vencê-lo. Os demais participantes serão os juízes e escolherão o melhor argumentador que competirá com o próximo, que o articulador escolher, até todos participarem e ficar apenas um. Que finalmente entrará no céu.

Formação:

- Vídeo: “ manipulado pela sociedade” - http://www.youtube.com/watch?v=niQUU7vTduI&feature=related

Divisão dos participantes em grupos de disciplinas ou equivalentes com no máximo 4 participantes.

Desenvolvimento:

Cada grupo responderá em consenso duas questões:

1- Quais o(s) programa(s)de TV que podem ser discutidos e/ou introduzidos como ferramenta de aprendizagem? De que forma?
2- Quais não são ferramentas de aprendizagem. Porquê? Como fazer o aluno refletir sobre o que é transmitido, diagnosticando a verdade da mentira, manipulação.

Apresentação dos grupos.

Grupo de Matemática:
1- Programa de esportes:
Para introdução dos conteúdos tais como:
-Estatistica
- Números inteiros
- Grandezas e medidas
- Porcentagens
- Probalidade
- Leitura e interpretação

2- Refletirmos que não há programas que não sejam totalmente ferramentas de aprendizagem, pois podemos aproveitar para fazer com que os alunos reflitam sobre verdades e mentiras, manipulações.

Grupo de História
1- programas jornalísticos e documentários.
Promovendo o conhecimento dos fatos, através de pesquisas e debates.
2- programas de auditório e reality show.
porque não traz conhecimento e não leva à reflexão.
Através da comparação.

Grupo de Português
1- Todos os programas com classificação livre podem ser usados, desde que seja feito uma análise quanto a "Essência" deste programa e o seu objetivo.
2- Mesmo programas que são apelativos e agressivos têm um ponto a ser trabalhado que seria a forma como o ser humano, a pessoa é usada como máquina de fabricar audiência e automaticamente dinheiro.

Grupo de Biologia e inglês.
1- A novela, soletrando.
Formas de se trabalhar.
Produção textual, debate, texto argumentativos
2- Horário eleitoral Gratuito, filmes violentos. Manipulação.

Grupo de Português e Geografia

1- Programas relacionados ao comportamento humano. ( discriminação/preconceito/diferenças sociais)
2- propagandasconsumismo:
Nem tudo o que passa na TV como propaganda é bom, é só para tentar convencer o consumidor a comprar o produto.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Pauta – HTPC - 01/04/2010 – 5ª Feira

-Fala da Direção sobre o IDESP.
Tempo: 2 horas
Tema: Preconceito
Objetivo:
Orientação e acompanhamento
Competência e habilidade:
Estimular o profissional a novas metodologias;
O desenvolvimento de sensibilidade da informação

Desenvolvimento:
Vídeo:
• “ Medo de quê?” – discussão sobre o conteúdo do vídeo.
Distribuir-se-á um questão para cada participantes e o mesmo responderá de acordo com entendimento do filme.
• Debate interativo

Materiais:
Vídeo: Medo de quê? – 18 min.
Sulfites
Caneta, lápis.

1ª - Videoconferência - 2010

URBANIZAÇÃO EM DEBATE
GISLENE TRIGO SILVEIRA
PEDAGOGA E ESPECIALISTA EM SAÚDE PÚBLICA
- As primeiras cidades surgiram simultaneamente ao surgimento da agricultura irrigada (3000 a 3500 A.C.) geradas por pequenos povoados. A urbanização, propriamente dita, surgiu após a Revolução Industrial;
- O continente africano possui a menor taxa de urbanização comparada aos demais continentes do mundo;
- A urbanização trouxe com ela o crescimento das populações nas cidades e consequentemente o aumento significativo do lixo. Com o aumento do lixo nas cidades houve também o aparecimento (ou reaparecimento) de algumas doenças extremamente prejudiciais à qualidade de vida urbana como, por exemplo, a dengue. Em 1930, o mosquito Aedes Aegypti, havia sido erradicado. No entanto, em 1981, devido ao grande aumento da quantidade de pessoas nas cidades e as condições nem sempre adequadas de moradia, saneamento básico, coleta de lixo etc, o mosquito que transmite a dengue voltou, não só no Brasil mas em vários países do mundo. Com a volta do mosquito nas cidades, em 2004 ele volta a aparecer também nas matas, provocando casos de febre amarela. A biotecnologia tem trabalhado para tentar eliminar novamente o Aedes Aegypti sanando o problema da dengue e da febre amarela.
- Ao contrário do que se pensa, os países que produzem maior quantidade de lixo, não são os mesmos que tem maiores problemas com as doenças. Os maiores produtores de lixo são os países desenvolvidos, no entanto, eles dão conta de tratá-lo, evitando, assim, grandes epidemias. Nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, apesar da produção de lixo ser menor, não existem recursos para tratá-lo, fazendo, assim, com que os problemas de saúde relativos ao lixo urbano sejam grandes.
- Uma das soluções almejadas para o problema do lixo urbano é a implantação total da chamada “Política dos 3R’s”, sendo: reintegração, reciclagem e reutilização do lixo.
- O aquecimento global também é um tema muito debatido na questão da urbanização, devido à quantidade cada vez maior de áreas naturais sendo substituídas pela “selva de pedra”;
- O efeito estufa natural é necessário e só se torna prejudicial quando os níveis de gases que absorvem a radiação infravermelha (CO2, CFC, CH4) estão acima do normal. Para reduzir o efeito estufa seria necessário desenvolver técnicas limpas de geração de energia e produção de combustíveis.
- A conscientização da população quando à compra de eletrodomésticos que sejam politicamente corretos, também é muito importante. Para isto, é necessário que nós, consumidores, sejamos novos leitores e consigamos compreender a melhor forma de contribuirmos com o meio ambiente;
- O clima também é um fator influenciado pelas questões ambientais. Dentro da cidade de São Paulo, por exemplo, num mesmo dia, ao mesmo tempo, pode-se detectar temperaturas diferentes em locais diferentes da cidade. Percebe-se que as áreas onde ainda existe um pouco de vegetação, o clima é mais ameno e nas demais, onde já não há mais nenhum tipo de vegetação, o clima é mais quente;
- Apesar das condições nem sempre apropriadas de sobrevivência nas cidades, as pessoas gostam de viver nelas e estima-se que, nos próximos anos, a população das cidades deve aumentar ainda mais. É necessário exigir dos governantes melhores condições e, principalmente, procurar votar naqueles candidatos que apresentem as melhores propostas para viabilizar estas melhoras.

quinta-feira, 25 de março de 2010

HTPC 5ª Feira

Pauta HTPC
5ª feira- 25/03/2010.


Tempo: 2 horas
Tema: Situação de produção: O que dizer? Como? Para quem? Com que intenção?
Objetivos:
Aperfeiçoar o ensino da leitura e da escrita como prática social.
Identificar os pressupostos teóricos que embasam as práticas.
Desenvolvimento:
- Organização do ambiente;
- Ouvir o que os participantes tem a dizer sobre o tema:
-Mulheres: Gosto de ser mulher quando... e Não gosto de ser mulher quando...
-Homens: Gosto nas mulheres... e Não gosto nas mulheres...
- Ampliação do repertório – baseado na audição e na análise das diferentes letras de músicas. A cada música escutada . Qual a relação com mulheres que conhecem?
- Possibilitar a leitura de imagens, mobilizando o grupo para a situação de produção.
- Criar uma situação imaginária de produção ( o que quero dizer? Como? Para quem ler? Com que intenção? Onde circulará?
- Apresentação da situação de produção:
A revista “M” é uma publicação dirigida às mulheres a partir dos 30 anos e tem como foco questões culturais e da atualidade. Moda, culinária e relacionamento não são temas abordados na revista.
A editora convidou poetas, articulistas e escritores para participar da edição especial em homenagem ao dia internacional da mulher.
- divisão dos 6 grupos
- distribuição das situações:
- Leitura dos textos pelos grupos.
Material:
Letras de músicas, cartazes, livros, objetos femininos, computador




Vitoriosa – Ivan Lins

Quero sua risada mais gostosa
Esse seu jeito de achar
Que a vida pode ser maravilhosa

Quero sua alegria escandalosa
Vitoriosa por não ter
Vergonha de aprender como se goza

Quero toda sua pouca castidade
Quero toda sua louca liberdade
Quero toda essa vontade
De passar dos seus limites
E ir além,
E ir além...

Quero sua risada mais gostosa
Esse seu jeito de achar
Que a vida pode ser maravilhosa

Que a vida pode ser maravilhosa...


Ovelha Negra – Rita Lee

Levava uma vida sossegada
Gostava de sombra
E água fresca
Meu Deus!
Quanto tempo eu passei
Sem saber!
Uh! Uh!...

Foi quando meu pai
Me disse:
"Filha, você é a Ovelha Negra
Da família"
Agora é hora de você assumir
Uh! Uh! E sumir!...

Baby Baby
Não adianta chamar
Quando alguém está perdido
Procurando se encontrar
Baby Baby
Não vale a pena esperar
Oh! Não!
Tire isso da cabeça
Ponha o resto no lugar
Ah! Ah! Ah! Ah!
Tchu! Tchu! Tchu! Tchu!
Não!
Oh! Oh! Ah!
Tchu! Tchu! Ah! Ah!...

Levava uma vida sossegada
Gostava de sombra
E água fresca
Meu Deus!
Quanto tempo eu passei
Sem saber!
Han!! Han!...

Foi quando meu pai
Me disse:
"Filha, você é a Ovelha Negra
Da família"
Agora é hora de você assumir
Uh! Uh! E sumir!...

Baby Baby
Não adianta chamar
Quando alguém está perdido
Procurando se encontrar
Baby Baby
Não vale a pena esperar
Oh! Não!
Tire isso da cabeça
Ponha o resto no lugar
Ah! Ah! Ah! Ah!
Tchu! Tchu! Tchu! Tchu!
Não!
(Ovelha Negra da Família!)
Tchu! Tchu! Tchu!
Não! Vai sumir!...


Mulheres de Atenas – Chico Buarque

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seus maridos, orgulho e raça de Atenas
Quando amadas, se perfumam
Se banham com leite, se arrumam
Suas melenas
Quando fustigadas não choram
Se ajoelham, pedem, imploram
Mais duras penas
Cadenas

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Sofrem pros seus maridos, poder e força de Atenas
Quandos eles embarcam, soldados
Elas tecem longos bordados
Mil quarentenas
E quando eles voltam sedentos
Querem arrancar violentos
Carícias plenas
Obscenas

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Despem-se pros maridos, bravos guerreiros de Atenas
Quando eles se entopem de vinho
Costumam buscar o carinho
De outras falenas
Mas no fim da noite, aos pedaços
Quase sempre voltam pros braços
De suas pequenas
Helenas

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Geram pros seus maridos os novos filhos de Atenas
Elas não têm gosto ou vontade
Nem defeito nem qualidade
Têm medo apenas
Não têm sonhos, só têm presságios
O seu homem, mares, naufrágios
Lindas sirenas
Morenas

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Temem por seus maridos, heróis e amantes de Atenas
As jovens viúvas marcadas
E as gestantes abandonadas
Não fazem cenas
Vestem-se de negro, se encolhem
Se conformam e se recolhem
Às suas novenas
Serenas

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Secam por seus maridos, orgulho e raça de Atenas

1 Situação:
Você é um poeta consagrado. A editora da revista pede que você escreva um poema para seção “Ofício de Poeta”. Solicita ainda, que o poema revele o seu olhar de mulher sobre as questões femininas, as lutas, as conquistas, os impasses da mulher no mundo atual.

“Quem é essa Mulher?”

Quem é essa mulher que teve forças para lutar pela igualdade?
Igualdade com sinônimo de independência!

Quem é essa mulher que ocupou todos os espaços, que tem a liberdade de se expressar, que tem o mundo conquistado?

Sabemos quem é essa mulher!
Mulher que não deixou de ser filha, esposa e mãe.
E que consegue manter todas suas vitórias.

Sabemos quem é essa mulher, que guerreira como é, consegue manter todas as conquistas, apesar de todos os sacrifícios.

Mas quem é essa mulher?
Incansável, superior, já sabemos quem ela é.


2 Situação
Você é um articulista requisitado por vários jornais. A editora da revista pede que você escreva um artigo de opinião, para a seção “ ponto de vista”. Faz algumas sugestões que considera de interesse das leitoras. Cuidados da casa: Serviço militar?
Homens preferem as “Amélias”? (que eram mulheres de verdade)
As mulheres de hoje são mais independentes que suas mães?
Meninos e meninas devem ser educados da mesma forma?

Grupo I - Ponto de Vista

Era comum ouvir frases como: “Essa profissão é pra homem”, “lugar de mulher é em casa, cuidando dos filhos”, “Você está velha para casar”, “Vai ficar pra titia”, enfim frases com um tom machista faladas pelas próprias mulheres.
As mulheres conquistaram seu lugar e hoje são mais independentes, curiosas, competitivas, são mulheres provedoras e essa liberdade não tem preço.

Grupo II –

As mulheres de hoje são mais independentes que suas mães.
Apenas um retrato.
Num mundo globalizado, multi-informativo é obrigatório que as mulheres em maiorias e tornem mais independentes que suas mães, tudo evolui, caminhando para novas profissões, acupações.
Um lar estagnado é uma instituição em déficit.





3 Situação
Você é um memorialista. A editora da revista pede que você escreva para a seção “ memórias de Mulheres”. Explica, contudo, que não quer as memórias de uma mulher que tem notoriedade, fama, quer tenha ocupado cargos políticos. Quer as memórias de uma pessoa comum, do povo, que revele através de suas memórias, as lutas, dificuldades e conquistas da mulher nos últimos anos.

Grupo I – Sonho Desmoroando

Quantas mulheres nos seus vinte e poucos anos, sonharam em estar diante de crianças ouvintes de seus ensinamentos para a vida, para se tornarem cidadãos cumpridores de seus deveres e merecedores dos seus direitos.
Vão para o magistério, se formam e iniciam sua jornada de luta e labuta, mas o tempo passa, turmas se renovam e se deparam, no decorrer do tempo com situações impostos e complicadas, que fazem, no fundo, bem lá no fundo cair num sentimento de arrependimento.
Não se sabe se por obra do destino sentem-se de mãos atadas vivendo momentos de tortura, submissão, alvo de autoritarismo e, até mesmo rotuladas de incompetentes por não atingirem o objetivo que não é seu mas, daqueles que querem vê-las catando lata na fila do desemprego.
É muito triste pensar que muitas mulheres que sustentavam sua família com seu salário de professora se deparem com uma situação de dormir e acordar sem saber o que fazer para dar conta das suas contas. Não é uma, não são duas, são muitos que hoje necessitam de um novo emprego, pois o de antes, fica na memória e alguns ainda aplaudem de camarote.

Grupo II – Memórias da Educação.

Lembro-me como se fosse hoje: ainda era magra, sorridente e feliz, mal sabi9a o que me esperava pela frente.
Andava pela estrada de chão batido e descalça, levando quase uma hora para chegar na escola – meu destino- “ a primeira escola que lecionei”.
Encontrava com meus alunos sorridentes, receptivos, tudo era maravilhoso, mas tive a idéia de ir para a capital, para uma cidade chamada Mauá. Lá, havia: ônibus, asfalto, energia elétrica, água encanada e todo conforto de uma cidade. Mas quando entrei em sala de aula “meu mundo caiu”.
Aqueles jovens bonitos também sorridentes – detalhe: o sorriso não era para mim mas sim de mim. Que tristeza! Foram longos anos de decepções e decepções. Existia até um tal de bônus que ouvia falar mas não recebia porque tinha uma tal de meta que a escola nunca cumpria.
Bem, hoje, sinto-me vitoriosa sentada em minha cadeira de balanço lembrando de outrora do interior, claro! Porque da cidade quero distância.

sexta-feira, 5 de março de 2010