sexta-feira, 24 de abril de 2009

Grandes temas da atualidade: Tema 3: Leitura

Professora Zuleika de Felice Murrie



O leitor lê o que ele quer ler, tem esse direito, qualquer situação de leitura tem que haver interesse, fazer sentido para o leitor, no ambiente escolar não há situação de aprendizagem de como trabalhar este conteúdo, por exemplo Machado de Assis a leitura é importante tem que gerar fontes de interesse,no Ensino Médio os alunos são bastante resistentes a leitura. O leitor faz a leitura vertical, não lê frase por frase, e sim o sentido do texto.
Quanto ao material de apoio, o professor tem que entender como funciona,para que serve, saber quem produziu ele tem uma estrutura permanente extremamente complexa, os jovens não tem paciência de ler, independente da classe social ou formação, por isso este material pode parecer estranho, pois é fundamentalmente didático, está composto de textos para se aprender e não só para informar como uma revista comum, voltado para o vestibulando.
Esta geração de jovens estão muito envolvidos em assuntos ambientais, chegando a rotular o ser humano como predador, destruidor, entre uma árvore e um ser humano, é melhor salvar a árvore. No material podemos perceber que estes temas são fortemente trabalhados.
No contexto da escola, a literatura está associada ao nossa sentimento, o ser humano precisa da arte em sua vida, independente da sua classe social.
A literatura está morrendo pois está perdendo muito espaço para a mídia, ao invés disso ele tem que ser divulgada nesta mesma mídia, e não deixar literatura somente para literários, não dá pra passar a vida sem ler Machado de Assis, é um direito de todos.
A literatura faz sentido em todas as disciplinas e não só para o professor de Língua Portuguesa, se não tiver conteúdo e conhecimento você não consegue iniciar um leitura com sua classe.
Este ano o Saresp vai entrar com História e Geografia, mapa também é uma forma de leitura, precisamos aprender a ler mapas, a leitura incorpora conhecimento desenvolvendo múltiplas competências para ser um bom leitor.
O debate em sala é uma questão fundamental na escola, pois não tem que só ler e escrever, tem que trabalhar a fala e a oralidade, não precisa necessariamente escrever para aprender.
Em Portugal quando houve a reformulação do ensino, uma das propostas era ler textos e discutir sobre eles, ou seja, debater.
È preciso criar centros de interesse, debater temas, fundamental é o professor ler o tema antes de propor para a sala, para conduzir bem a leitura e o debate, estar muito bem preparado e formular perguntas instigantes para maior envolvimento da sala, os alunos sabem quando um professor preparou uma aula, domina o assunto e está realmente preparado para aquele momento.
O conhecimento nunca acaba, não é porque se formou que parou o aprendizado, ele é contínuo e dinâmico, cada dia é cada dia, assim como escola, alunos e aula, não há se quer uma aula igual a outra, a questão é que o professor precisa de tempo para se preparar, ou seja, para ler pois tratamos de temas tranversais e os professores são interdisciplinares.
A leitura é uma questão do sujeito e não do objeto, o que eu posso fazer para interagir melhor na sociedade.
A competência leitora é importante para o dia a dia, para preencher um imposto de renda, ler e interpretar um contrato antes de assinar, preencher devidamente qualquer tipo de formulário ou curriculum, para isso devemos empolgar um qrupo de leitura assim como num jogo de futebol.
O professor tem que aprender a antecipar o assunto com a leitura da capa, alcançamos melhor os alunos com a narrativa, porque faz parte da nossa vida, vivemos uma narrativa, temos que aprender a separar fato de opinião.
Na questão da matemática, ela tem um código próprio, podemos perceber a dificuldade a dificuldade dos alunos em interpretar o enunciado de um exercício pela falta do hábito da leitura, temos que aprender a compreender textos, há conceitos embutidos em cada palavra para cada disciplina diferente em diversos contextos.
Aprendizagem é uma reformulação das hipóteses inicialmente levantadas aontes da leitura de um determinado textos ou artigo, todos que lêem criam, e a criação é como a opinião, não há certa ou errada, tem que haver ousadia, afinal “só erra quem faz”, colocar meu conhecimento no desenvolvimento coletivo.
A leitura tem que ser bem orientada pelo professor, pois nossas crianças estão expostas há um mundo de informações, e a uma mídia completamente erotizada.
O professor da rede tem que querer fazer acontecer, a escola pública tem uma grande responsabilidade social e política, é um espaço para se apaixonar pelo ofício, e contribuir para uma nação melhor.
Professores:
Denise,
José Marcio
Eder,
Masaru
Tamara



segunda-feira, 13 de abril de 2009

Tema 2 – Os novos rumos da Federação Russa e Matriz de Transporte Brasileira

Professora Angela Correia da Silva

I – Os novos rumos da Federação Russa

Antes de dar início à abordagem dos temas, a Professora Angela Correia Silva orientou os professores a trabalhar a interdisciplinaridade, conduzir o aluno a recompor as unidades de estudo por meio de temas transversais, pertinentes a cada disciplina.
Comentou que as escolas tem autonomia para decidir quais temas serão abordados no decorrer do ano, assim como os professores podem escolher por partes de interesse ou afinidade, também podendo optar como desenvolver esses conteúdos, pois eles são a conjunção de todos, depende da decisão coletiva da escola.
A seguir a Professora iniciou a explanação, analisando a atuação da Rússia na atualidade.
Para ilustração, foram mostradas fotos do aniversário da revolução russa e a comemoração popular, em Moscou, no ano de 2001, com o título de “A Potência Renasce”.
Por viver numa “prisão continental”, a necessidade comercial de expansão territorial e de aproximação com a Europa, fez com que a Rússia procurasse “saídas” pelo mas e dessa forma, alargasse seu território com sucessivas conquistas.
Após a Revolução de 1917, já com Stálin no governo (1917-1953) a União Soviética amplia e fortalece seu poderio, principalmente em 1940 quando seu exército põe fim à 2º Guerra Mundial, e promoveu o expurgo de grandes áreas da população, simpatizantes do eixo Nazista – provocando sua desestabilização.
A Rússia (após 1953) passou por vários presidentes, em curto espaço de tempo, pois na década de 80, os líderes da Revolução de 17, eram eleitos, mas como estavam velhos, logo morriam.
Em 1985 Gorbatchov é eleito, aos 56 anos. O novo presidente busca novos caminhos e novas tecnologias, porém sem controle interno e com o abastecimento comprometido, seu governo enfraquece, apesar de ser bem aceito pela população e internacionalmente. Gorbatchov esbarrou ainda com a lentidão na aplicação do processo de reforma – à cúpula governamental não interessava o avanço dessas reformas (política neoliberal e nos meios de comunicação).
Finalmente o contra-golpe e sobe ao poder Boris Ieltsin (10 anos no poder). Seu governo também vai ser minado pela corrupção, perda do controle interno, contrabando de armas e produtos nucleares. Em 1999 Ieltsin renúncia e Wladimir Putin assume a presidência (de 1999 a 2008).
O governo de Putin é centralizador e violento, não favorecendo à República Calcasiana e suas 40 etnias diferentes, não querendo abrir mão de privilégios do petróleo e da configuração geográfica hidro-política regional que permite o controle das nascentes dos rios nos quais a Rússia quer ligar canais artificiais para beneficiar o escoamento de sua produção; outro fator importantíssimo que essa região permite é aproximar a Rússia de outros mares.
Atualmente, a Rússia é uma potência capitalista e articuladora, com cerca de 3113 ogivas nucleares, faz parte do G8 onde é importante negociadora.




II – Matriz de Transporte Brasileira

A rede de transportes no Brasil enfrenta sérios problemas, seja trem, barco ou caminhão.
Na atualidade o abastecimento do país é feito, em sua maioria, por rodovias o que encarece o produto final. Se fossem usadas as hidrovias o beneficio seria significativo, porém não há integração dos meios de transporte, principalmente no sistema aquaviário.
Numa comparação por meio de gráficos constata-se que:
As rodovias européias tem a duração de 45 anos sem manutenção, pois usam maior profundidade, o recapeamento é feito com cascalho, cimento e asfalto com borracha, cerca de 80 cm de espessura;
As rodovias federais brasileiras, soa construídas mas rapidamente, muitas vezes por questões políticas, duram em média anos, tem menor profundidade, o recapeamento é feito com cascalho e depois coberto com asfalto.

O século XIX foi o século das rodovias no Brasil. O grande responsável por esse desenvolvimento rodoviarista foi o ciclo-do-café, porém o declínio ocorre em 1930, o período da Grande Depressão.
Já em 1950 no governo de J.K. cujo lema era “crescer 50 anos em 5”, com a internacionalização da economia, investimentos na indústria automobilística, novamente as malhas rodoviárias voltam a se multiplicar.
Nos dias atuais muitos são os fatores que impedem a estruturação efetiva da Matriz de Transporte Brasileira:

a) Nas malhas rodoviárias:

· Falta de investimento das industrias;
· Falta de qualidade da ferrovias;
· Política inadequada;
· Infraestrutura degradada.

b) Na malha ferroviária:

· Envelhecimento;
· Sinuosidade encarecendo o custo;
· Tecnologia obsoleta.

c) Malha aquaviária:

· Necessidade de renovação da frota;
· Modernização;
· Questão ambiental a ser levada em consideração.


As mudanças são necessárias e a modernização imprescindível, porém dependem de projetos que muitas vezes vão de encontro interesses políticos em detrimento do bem estar da população.

Professor Coordenador
Jaquilene de Lima Luz

Professores:
Denise Lima
Tamara Echeverria
Antonio Masaru
Eder Garcia
José Marcio

terça-feira, 7 de abril de 2009

VIDEOCONFERÊNCIA TEMA 01 – ENERGIA: uma perspectiva político-pedagógica e socioambiental

E. E. ANTONIO MESSIAS SZYMANSKI
PROJETO APOIO À CONTINUIDADE DE ESTUDOS
PALESTRANTE: LUÍS CARLOS DE MENEZES

Os primeiros quinze minutos desta videoconferência foram destinados a apresentar,de forma resumida, como será a estrutura do projeto em 2009. Em seguida, a palavra foi passada ao professor Luís Carlos de Menezes, professor do Instituto de Física da USP.
Em um primeiro momento, ele aborda a questão da energia pelo aspecto físico, mostrando-nos a importância da energia solar e como as mudanças climáticas e geográficas, oriundas das ações humanas, modificam o recebimento desta energia, nas mais variadas regiões existentes no planeta. Ele também nos atenta para a questão dos maiores consumidores de energia do mundo, colocando os EUA como o líder deste ranking, apesar de terem uma população bem inferior à da China, que consome praticamente a metade deste valor. O professor também destaca países como a França, líder na produção de energia nuclear, pelo fato de ser uma região desprovida de recursos hídricos naturais.
Continuando sua análise, de acordo com a seqüência de assuntos apresentados na revista, o palestrante passa a tratar das renovações e descobertas de fontes de energia no mundo, apontando a descoberta de petróleo na bacia de Santos na camada Pré-sal. Fato, que segundo ele, é de uma perspectiva longínqua, pois esse tipo de exploração não apresenta resultados imediatos. Na seqüência, ele trabalha um gráfico, mostrando como estão dividas as áreas de reservas petrolíferas mundiais, explicando questões sócio-políticas , como as guerras no Oriente Médio e as desavenças entre os líderes políticos de Venezuela e EUA.
Seguindo sua linha de raciocínio, o professor debate uma questão que está ligada, não só à problemática das fontes de energia, mas também a fatores políticos e geográficos: a urbanização. Por meio de índices de desenvolvimento humano, ele mostra que o aumento de centros urbanizados produz uma demanda maior de energia, mostrando o porquê da busca incessante do homem em encontrar outros meios energéticos. Outro problema apontado está no transporte de energia, pois como ele mesmo exemplifica, usamos diesel no transporte do próprio diesel.
Após terminar a sua análise dos tópicos da revista, o professor passa a debater algumas questões que estão no “Simuladão”. Seu trabalho consistiu em explorar detalhadamente os assuntos trazidos por cada questão. Nessa análise, o professor aborda temas como efeito estufa, produção de energia nuclear, processo hídrico de produção de energia, aquecimento global, impactos ambientais, energias alternativas, energia eólica, radiação solar, o aumento do consumo do petróleo, questões geopolíticas envolvendo a Venezuela, a Petrobras e a ANP ( Agência Nacional do Petróleo ).
Diferentemente de outras videoconferências, esta direcionou sua ótica para um caráter mais pedagógico, pois a forma como foram abordados os assuntos, ou seja, o seguimento lógico de acordo com as páginas, facilita o trabalho do professor no momento de transpor os tópicos para a sala de aula, tornando assim a abordagem dos temas mais lógica e simplificada.

Professor Coordenador-
Jaquilene de Lima Luz.

Professores:
Denise Matiniano de Lima
Eder Torres Garcia
José Marcio da Silva
Tamara Echeverria